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segunda-feira, outubro 03, 2005

dEUS "pocket Revolution"


Pocket Revolution marca o regresso dos dEUS após um hiato discográfico de seis anos e meio. Tom Barman, pai e «órfão» de várias formações da banda, fala do disco, de Portugal, da cena musical belga e de liberdade na criação.

terça-feira, agosto 23, 2005

quarta-feira, maio 25, 2005

nitin sawhney "philtre"


Produtor, compositor, Dj, multi-instrumentista, argumentista, actor, escritor... o talento de Nitin Sawhney não se esgota numa frase. Mais do que um homem multifacetado, Nitin Sawhney é um «pioneiro cultural», um «homem da renascença», que consegue ser bem sucedido no campo das artes: música, dança, teatro, cinema e televisão. Nitin Sawhney é um dos produtores e compositores mais criativos da música actual. A sua música é uma celebração das espécies, das raças, das culturas, da vida. Álbuns como «Beyond Skin» ou o mais recente «Prophesy», o quinto da carreira de Sawhney, fundem música electrónica com hip hop, jazz e música de raízes tradicionais, maioritariamente da Asia. O músico, mistura o clássico e o tradicional, com o contemporâneo, procurando uma «música global, que incorpore as suas raízes multi-culturais mas também expressões e influências de todo o mundo». Ao trocar Kent (Reino Unido), local onde cresceu, por Londres, Nitin Sawhney descobriu um ambiente e uma cidade que lhe estimularam a criatividade. Depois de estudar Direito na Universidade de Liverpool, Sahwney decidiu estabelecer-se na capital e, juntamente com Sanjeev Bhaskar criou o programa de rádio «Secret Asians» que, mais tarde, mudou o formato para televisão. Paralelamente à televisão, Nitin avançava com o seu projecto de vida: a música. Chegou a tocar com o quarteto de James Taylor até que decidiu formar a sua própria banda: os Jazztones. Apesar de continuar a colaborar com outros músicos, como Talvin Singh, Sawhney decidiu editar o seu primeiro disco solo. Nasce assim, «Spirit Dance», pela sua própria editora, em 1993. Enquanto se dedica a escrever bandas-sonoras para séries de tv e peças de Teatro, bem como remisturar temas de vários artistas, lança «Migration» (1995), o segundo registo de originais. «Displacing the Priest» foi o sucessor de «Migration» e confirmou Nitin Sawhney como um dos maiores talentos criativos actuais. O quarto álbum de Sawhney, «Beyond Skin», chegou às lojas no final de 1999, e deu o mote para a digressão pela Europa e Estados-Unidos da América com artistas como Sting, entre outros. «Prophecy» (2001), o último esforço discográfico do artista, ganhou um prémio MOBO e um de música da BBC Radio 3. Em 2004, lança um álbum de remisturas «All Mixed Up». Nos últimos tempos, Sawhney dedicou-se também à composição para orquestras, motivo pelo qual foi convidado pela Royal National Theatre de Londres para compôr, dirigir e escrever a sua própria peça, a estrear em 2005. O próximo álbum de Nitin Sawhney chamar-se-á «Philtre» e será editado em Maio deste ano. «Philtre» significa «de poção mágica». Estará Nitin Sawhney a querer transportar-nos para o universo mágico das suas canções?

album "folk"


Old Jerusalem fez-se primeiro notar numa maquete partilhada com os Alla Pollaca onde, desde logo, evidenciou um bucolismo e uma luminosidade folk que o disco de estreia, April, levou um passo à frente. Foi nesse primeiro longa- -duração, editado em 2001 e destacado no DNmais e no grosso da imprensa nacional como um dos melhores discos do ano, que a música de Francisco Silva se tornou uma certeza. Reflectindo referências de nomes como Will Oldham, Red House Painters ou dos obrigatórios Leonard Cohen e Joni Mitchell, havia naquelas canções uma personalidade que se vincava nas letras cantadas num suave sussurro e em música que, como toda a folk que interessa, parte de um curto extracto do real para contar histórias que o ultrapassam. Que Twice the Humbling Sun seja tudo isso em versão mais depurada e pungente, é sinal óbvio de um talento que já não podemos dispensar. Twice the Humbling Sun, o segundo álbum de Old Jerusalem (nome atrás do qual se "esconde" o portuense Francisco Silva), faz do crepúsculo curto momento com a duração de um dia, faz do minuto durante o qual o olhar se demora pelo corpo da amante um quadro vívido cujas formas se eternizam na memória, faz da melancolia folk e de storytelling country veículos privilegiados para canções que se inscrevem em 2005 como alguma da melhor música que ouviremos este ano e que asseguram vida longa às sensações que agora provocam em quem por elas passa.